1969 • Brasil, flor amorosa de três raças • G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense



Vejam de um poema deslumbrante
Germinam fatos marcantes
Deste maravilhoso Brasil
Que a lusa prece descobria
Botão em flor crescendo um dia
Nesta mistura tão sutil
E assim, na corte os nossos ancestrais
Trescalam doces madrigais
De um verde-ninho na floresta
Ouçam na voz de um pássaro cantor
Um canto índio de amor
Em bodas perfumando a festa

Venham ver
O sol doirar de novo esta flor
Sonora tradição de um povo
Samba de raro esplendor

Vejam o luxo que tem a mulata
Pisando brilhante, ouro e prata, a domingar
Ouçam o trio guerreiro das matas
Ecoando nas cascatas a desafiar
Oh! Meu Brasil
Berço de uma nova era
Onde o pescador espera
Proteção de Iemanjá, rainha do mar
E na cadência febril das moendas
Batuque que vem das fazendas
Eis a lição
Dos garimpeiros aos canaviais
Somos todos sempre iguais
Nesta miscigenação

Oh! Meu Brasil
Flor amorosa de três raças
És tão sublime quando passas
Na mais perfeita integração